quinta-feira, 10 de abril de 2014


França pretende pagar para quem for trabalhar de bicicleta

PUBLICADO . EM MOBILIDADE

  • Em troca de subsídios dados às empresas, trabalhadores receberiam 21 centavos de euro por quilômetro percorrido.
  • O Governo gastará 20 milhões de euros com a medida e espera poupar 5,6 bilhões de euros na área da saúde
Por Pablo León
O objetivo: incentivar o uso da bicicleta. Com esta ideia em mente, alguns países realizaram diversas propostas, desde baixar os impostos que taxam as bikes até elaborar um Plano Nacional da Bicicleta. A França propõe algo a mais: subsidiar os trabalhadores que pedalarem até seu local de trabalho. Com uma cifra de 21 centavos de euro por quilômetro percorrido, Thierry Mariani, atual ministro do Transporte, retoma uma ideia proposta por seu antecessor. As empresas realizariam o abono, em troca de isenções fiscais. O Governo gastará 20 milhões de euros com a medida e espera poupar 5,6 bilhões de euros na área da saúde.
A aposta da França nas bicicletas é séria. Depois de aprovar um ambicioso Plano Nacional da Bicicleta, que permite que os ciclistas circulem na contramão em algumas vias ou interpretem alguns semáforos vermelhos como amarelo, Paris segue seu esforço para promover as duas rodas. Agora, além de poupar em combustível, melhorar seu estado de saúde e favorecer um ambiente urbano mais limpo, os franceses que pedalam para o trabalho receberão um plus econômico.
Esta ideia não é nova. Mas agora, com as pinceladas que o ministro do transporte deu sobre a medida, parece avançar um passo mais. Embora os ciclistas estejam encantados com a proposta, ela recebeu críticas dos ativistas porque não será uma subvenção obrigatória para todas as empresas. O Governo oferecerá bonificações fiscais para assegurar a adesão da maioria das companhias, mas conta com um orçamento limitado de 20 milhões de euros. A subvenção estará dentro de um programa integral que busca melhorar a circulação dos ciclistas nas cidades, financiando a construção de estacionamentos de bicicletas em zonas estratégicas ou aumentando a segurança para evitar roubos.
Em outros países da Europa, como Espanha, ainda há poucas medidas para fomentar o uso da bicicleta. Um plano espanhol aprovado em outubro oferecia ajuda de 200 euros para a compra de bicicletas elétricas. O deputado Odón Elorza (PSOE) apresentou uma proposta para impulsionar o uso da bicicleta. Entre as medidas, pedia uma liquidação do IVA (imposto sobre o valor da mercadoria) que taxa as bicicletas, que o abaixaria de 21% a 10%. Outra das propostas era a elaboração de um Plano Nacional da Bicicleta semelhante aos lançados na França, Grã-Bretanha ou Alemanha. Além disso, propunha a constituição do Conselho Estatal da Bicicleta, uma entidade que reuniria os diferentes ministérios implicados em mobilidade, entidades, associações e empresas do setor para permitir o dialogo sobre o ciclismo. "Em mobilidade ainda há muito o que se fazer", comentava Elorza, depois de apresentar sua proposta.

Fonte: El Pais.

#mobilidade

Como as serpentes usam “GPS” para localizar suas presas

PUBLICADO . EM ANIMAIS
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As serpentes não tem nenhum problema em localizar a presa que escapa depois de ser envenenada. Os cientistas agora sabem como.
Por Raul Rodrigues
As serpentes peçonhentas podem agir de duas maneiras diferentes após inocularem sua peçonha na presa: uma delas seria a estratégia “strike-and-hold”, na qual ela após inocular a peçonha, elas mantém a sua presa na boca até a toxina fazer efeito e ela morrer. Porém, essa técnica permite que a presa lute nos seus últimos momentos de vida ou que um possível predador possa atacá-la.
A outra estratégia seria a de “strike-and-release”, na qual serpentes, como a cascavel, picam a presa e inoculam o veneno nela, depois a soltam e esperam a toxina fazer efeito. Nesse caso a serpente não corre os riscos anteriormente citados. O risco é apenas que o animal pode fugir e a serpente tem que procurá-lo.
Novas pesquisas feitas por biólogos no Colorado revelaram um truque que as serpentes possuem para localizar e concluir sua refeição: elas possuem um par de proteínas na sua peçonha que marcam a presa como um rastreador químico.
As serpentes utilizam o seu olfato para reconhecer essas partículas que são percebidas pelo movimento da língua do ofídio.
Para maiores informações confira a notícia completa em: theweek.com


Um celular para salvar 450 milhões de animais

PUBLICADO . EM ANIMAIS
Onça que foi atropelada em São Paulo e levada para a Unesp de Bauru. (Foto: Zoo Bauru)
Ecologistas criam aplicativo para mapear bichos atropelados em estradas.
Por Talita Bedinelli
Todos os anos, aproximadamente 450 milhões de animais são atropelados e perdem suas vidas nas estradas brasileiras. Isso significa que, a cada segundo, 15 animais são atingidos por um veículo no país. Os dados são uma estimativa feita pelo Centro Brasileiro de Estudos em Ecologia de Estradas (CBEE), um órgão criado em 2011 para monitorar e orientar políticas relacionadas com a mortalidade de fauna selvagem nas rodovias brasileiras e que, agora, quer a sua ajuda para salvar esses animais.
O centro criou um aplicativo chamado Urubu, uma alusão bem-humorada à ave que está sempre em busca de carcaças de animais, que deve servir como uma rede virtual de colaboradores. A ideia é que as pessoas fotografem os animais atropelados que virem pelas estradas e enviem as fotos para que os mais de 250 especialistas do grupo, espalhados por todo o Brasil, identifiquem a espécie em questão. A partir disso, se criará um mapa com os pontos de maiores incidências de atropelamento, das espécies que correm mais riscos e, com isso se sugerirá para os órgãos ambientais adaptações nas estradas do país, explica o coordenador do centro Alex Bager.
O pesquisador, de 43 anos, estuda ecologia de estradas há 19, quando começou a carreira na Estação Ecológica do Taim, uma unidade de conservação localizada no Rio Grande do Sul (sul do Brasil). Em dois anos de monitoramento dentro do local, descobriu-se que em apenas um trecho de 100 quilômetros da BR-471, que cruza a unidade, morreram 29 leopardus geoffroyi, mamífero popularmente conhecido como gato-do-mato que têm hábitos noturnos. “É uma espécie de baixa densidade, que não se recompõe muito facilmente. Se essa quantidade de atropelamento se perpetua ao longo dos anos, a espécie facilmente entra em extinção naquele pedaço”, explica ele.
A estimativa de atropelamento do CBEE, que será publicada em revistas científicas neste ano, se baseou em 14 artigos já existentes sobre o assunto em diversas partes do país. Não havia, entretanto, um dado que fosse mais abrangente, e que envolvesse todo o país. Com base nesses estudos, chegou-se a uma estimativa média de atropelamentos por quilômetro de rodovia por dia e, a partir disso, calculou-se o dado para toda a malha viária brasileira –de estradas federais até as de terra. O pesquisador, no entanto, teme que o número de atropelamentos, já assustador, possa ser ainda maior. Por isso a importância da ferramenta colaborativa, que pode auxiliar o grupo em cálculos mais precisos.
Desses 450 milhões de animais mortos atropelados nas estradas, 390 milhões são de pequeno porte, como sapos e cobras, importantes elementos da cadeia alimentar dos animais maiores e que também auxiliam no controle de pragas nas florestas. Outros 60 milhões são de médio porte, como gambás e lebres. E de cinco a dez milhões, de grande porte, como tamanduás-bandeira, cachorros-do-mato ou onças, como a que foi atropelada nesta quinta-feira por um automóvel na rodovia Marechal Rondon, no município de Agudos, interior de São Paulo. O animal, em estado grave, está sendo atendido no Hospital Veterinário da Unesp de Botucatu, também no interior paulista.
Ao mapearem os locais com maior incidência de casos, os pesquisadores pretendem propor soluções, como a adoção de telas, a construção de túneis subterrâneos nas estradas para que os animais passem por baixo da pista ou até a implementação de túneis para os próprios automóveis, com uma área verde acima, para que os animais possam se locomover de um lado para outro da via –é o que foi feito na rodovia Trans-Canada Highway, no Banff National Park.
Bager ressalta que esse tipo de medida, chamada overpass, seria especialmente útil em áreas como a BR-101, que cruza a Reserva Biológica de Poço das Antas, no norte do Rio de Janeiro, lar do mico-leão-dourado. Estudos na área mostraram que para a população da espécie se manter estável, é necessário que ao menos 2.000 indivíduos estejam conectados. Mas a estrada, com duas pistas, contribuí para dividir os animais, situação que pode piorar agora que a rodovia será duplicada, afirma o pesquisador. “Esses animais não cruzam de um lado para o outro justamente pelo medo de serem atropelados. Com as novas pistas, a reserva acabará se tornando uma ilha”, explica ele.
O aplicativo Urubu será apresentado na próxima semana na Brazil Road Expo, uma feira que reúne agentes importantes na discussão da infraestrutura rodoviária brasileira. Em seguida, será disponibilizado para o público por meio da página do CBEE.

Fonte: Olhar Animal / El Pais.

Essa árvore de 3.200 anos é tão grande que nunca havia sido registrada em uma única foto

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Envolta nas neves de Sierra Nevada, na Califórnia, a sequóia gigante de 3.200 anos de idade, chamada de “A Presidente”, se estende por 75 metros de altura. Duas outras sequoias têm troncos mais largos, mas nenhuma é tão alta, dizem os cientistas que a escalaram.
O tronco tem 7,7 metros de largura e os seus poderosos ramos sustentam 1.487 metros3 de madeira, mais do que qualquer árvore do planeta. Ela ainda acrescenta um metro cúbico de madeira por ano – tornando-se uma das árvores de mais rápido crescimento no mundo.
Sequóias gigantes existem em apenas um lugar, onde “A Presidente” e árvores menores residem – na encosta ocidental da Sierra Nevada, na Califórnia, entre 1500-2400 metros acima do nível do mar.
A equipe penosamente reuniu um conjunto de talhas e alavancas para subir na árvore. Demorou 32 dias para juntarem as 126 fotos separadas, mas eles conseguiram!