Saiba os erros mais comuns que podem gerar dor
de cabeça durante uma aventura
Colunista do Webventure atenta para descuidos na hora de praticar atividades ao ar livre
São vários os erros que podem ser cometidos pelas pessoas que se aventuram nas montanhas
e demais ambientes ao ar livre. Mas a verdade é que ninguém está livre de errar.
Alguns erros, entretanto, que em áreas urbanas seriam inofensivos, podem gerar uma situação de
emergência em áreas remotas. Por exemplo, o fato de não levar uma capa de chuva (anorak, parka)
para andar na cidade, pode acarretar um mero desconforto se cair uma chuva inesperada.
Já em ambientes naturais, a ausência deste equipamento pode levar até à morte por hipotermia.
Dentre tantos, dois fatores podem ser destacados como potenciais geradores de grandes
problemas na prática de atividades outdoor, que a seguir serão brevemente abordados.
Flutuação: de acordo com o Major QOBM Samuel Prestes,
Comandante do Grupo de Operações de Socorro Tático do Corpo de Bombeiros
(equipe com a qual o GRM mantém uma relação de parceria) que realiza resgates na
região da Serra Paranaense, um dos principais fatores envolvendo ocorrências de pessoas
perdidas é a “flutuação” (distanciamento entre os membros do grupo).
Isso geralmente acontece no retorno da atividade, quando o objetivo já foi alcançado e o
grupo está com pressa de voltar. Acreditando que, como percorreram o caminho na ida,
a volta não apresentará maiores desafios.
A realidade, entretanto, demonstra que a volta pode apresentar surpresas como a
confusão das vias a serem percorridas, a desorientação e o cansaço, o que pode
levar os aventureiros que ficaram para trás, ou aqueles que estão muito na frente,
a se desviarem da rota correta.
Compromissos particulares e de trabalho: o meio de vida moderno vem exigindo
cada vez mais a realização de inúmeras tarefas e compromissos. Muitos daqueles que
se aventuram aos fins de semana precisam estar de volta dentro de horários rígidos para
que possam ir ao trabalho, organizar tarefas pessoais ou colocar os estudos em dia. Esta
pressão, não raro, leva o excursionista a tomar decisões precipitadas ou indevidas, aumentando
as probabilidades de um acidente.
Por exemplo: forçar a passagem pelo rio que está volumoso por causa de fortes chuvas ao
invés de esperar o fluxo diminuir; acelerar o ritmo na trilha para alcançar logo o objetivo e
retornar, muitas vezes sem atentar que outros que estão no grupo não têm condições de
acompanhar a passada mais rápida; relaxar nos procedimentos de segurança (deixar de fazer
o double check) durante a escalada para agilizar a cordada.
A orientação, portanto, é para que todos tenham redobrada cautela quando estiverem
engajados em atividades de esporte ou turismo de aventura. Nestes cenários, pequenos
descuidos podem desencadear uma sequência de acontecimentos, que podem acabar se
tornando uma situação de emergência.
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