quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Saiba os erros mais comuns que podem gerar dor 

de cabeça durante uma aventura

Colunista do Webventure atenta para descuidos na hora de praticar atividades ao ar livre

São vários os erros que podem ser cometidos pelas pessoas que se aventuram nas montanhas 
e demais ambientes ao ar livre. Mas a verdade é que ninguém está livre de errar.
Flutuação é quando ocorre distanciamento entre os membros do grupo/Foto: Galyna Andrushko - Fotolia.comFlutuação é quando ocorre 

















distanciamento entre os membros do grupo/Foto: Galyna Andrushko - Fotolia.com
Alguns erros, entretanto, que em áreas urbanas seriam inofensivos, podem gerar uma situação de
 emergência em áreas remotas. Por exemplo, o fato de não levar uma capa de chuva (anorak, parka)
 para andar na cidade, pode acarretar um mero desconforto se cair uma chuva inesperada.
Já em ambientes naturais, a ausência deste equipamento pode levar até à morte por hipotermia.
Dentre tantos, dois fatores podem ser destacados como potenciais geradores de grandes
 problemas na prática de atividades outdoor, que a seguir serão brevemente abordados.
Flutuação: de acordo com o Major QOBM Samuel Prestes, 
Comandante do Grupo de Operações de Socorro Tático do Corpo de Bombeiros
 (equipe com a qual o GRM mantém uma relação de parceria) que realiza resgates na
 região da Serra Paranaense, um dos principais fatores envolvendo ocorrências de pessoas
 perdidas é a “flutuação” (distanciamento entre os membros do grupo).
 Isso geralmente acontece no retorno da atividade, quando o objetivo já foi alcançado e o
 grupo está com pressa de voltar. Acreditando que, como percorreram o caminho na ida,
 a volta não apresentará maiores desafios.
A realidade, entretanto, demonstra que a volta pode apresentar surpresas como a
 confusão das vias a serem percorridas, a desorientação e o cansaço, o que pode 
levar os aventureiros que ficaram para trás, ou aqueles que estão muito na frente, 
a se desviarem da rota correta.
Compromissos particulares e de trabalho: o meio de vida moderno vem exigindo 
cada vez mais a realização de inúmeras tarefas e compromissos. Muitos daqueles que
 se aventuram aos fins de semana precisam estar de volta dentro de horários rígidos para
 que possam ir ao trabalho, organizar tarefas pessoais ou colocar os estudos em dia. Esta 
pressão, não raro, leva o excursionista a tomar decisões precipitadas ou indevidas, aumentando
 as probabilidades de um acidente.
Por exemplo: forçar a passagem pelo rio que está volumoso por causa de fortes chuvas ao
 invés de esperar o fluxo diminuir; acelerar o ritmo na trilha para alcançar logo o objetivo e
 retornar, muitas vezes sem atentar que outros que estão no grupo não têm condições de 
acompanhar a passada mais rápida; relaxar nos procedimentos de segurança (deixar de fazer
 o double check) durante a escalada para agilizar a cordada.
A orientação, portanto, é para que todos tenham redobrada cautela quando estiverem 
engajados em atividades de esporte ou turismo de aventura. Nestes cenários, pequenos 
descuidos podem desencadear uma sequência de acontecimentos, que podem acabar se 
tornando uma situação de emergência.

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