quarta-feira, 11 de dezembro de 2013



OMS recomenda exercícios físicos diários para população

PUBLICADO . EM SAÚDE E MEIO AMBIENTE

66296629Atividades simples como caminhar, dançar e andar de bicicleta são alternativas. Atividades estão entre as recomendadas pela Organização Mundial da Saúde
Com 51% da população acima de 18 anos com excesso de peso, de acordo com a pesquisa Vigitel, do Ministério da Saúde, atividades simples como caminhar, dançar, andar de bicicleta e desempenhar atividades domésticas surgem como alternativas para os que querem recuperar ou manter a forma física e não podem gastar com academia. Essas atividades físicas estão entre as recomendadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS) a quem tem mais de 18 anos.
No dia a dia, deixar o carro em casa e ir a pé à padaria, passear com o cachorro e trocar o elevador pelas escadas também são atitudes simples que podem contribuir para que as pessoas não deixem de se movimentar, como explica a presidenta do Conselho Regional de Educação Física do Distrito Federal, Cristina Calegaro.
“Quanto mais a pessoa se movimenta, mais ela quer se movimentar. Em vez de pedir ao filho para pegar um copo de água, levante-se”, sugere.
“Antes, não tínhamos controle remoto na TV e era preciso levantar para mudar de canal. O avanço tecnológico também contribuiu para diminuir a necessidade de movimento. Com pequenas mudanças de rotina, as pessoas vão se movimentando e sentindo necessidade de mais movimento”, diz Cristina.
A OMS recomenda a prática de 30 minutos de atividade física em cinco ou mais dias por semana. Esse tempo pode ser contabilizado de forma separada nas atividades do dia a dia, explica a professora do Departamento de Nutrição da Universidade de Brasília, Kênia Mara Baiocchi.
“A atividade física é qualquer movimento que você faça. É a caminhada, a escada para não pegar elevador. E esses 30 minutos não precisam ser juntos. Passear com o cachorro está valendo, cuidar da casa, do jardim”, diz.
Uma alternativa que vem ganhando espaço são as academias em praças e espaços públicos que reúnem um conjunto de equipamentos para incentivar a prática de atividades físicas ao ar livre por iniciativa de governos estaduais e municipais. A dona de casa Maria Selva, de 54 anos, que vive no Paranoá, região administrativa do Distrito Federal, aderiu à prática de atividades físicas em uma dessas academias.
Ela conta que recebeu recomendação médica para fazer atividade física por ter diabetes e pressão alta. Procurando opções que não trouxessem gastos extras, Maria Selva começou a caminhar.
“Eu não tinha condições de pagar academia e também não há nenhuma perto da minha casa”, disse.
A atividade agradou, mas as companheiras de caminhada deixaram o exercício e Maria Selva passou a se exercitar na academia da saúde.
“Faço mais de 30 minutos de exercícios de segunda a sábado. Depois que comecei, senti que tenho mais disposição, chego em casa mais disposta para trabalhar”, contou.
A profissional de educação física Cristina Calegaro alerta para o cuidado de não exagerar nos exercícios físicos nas academias públicas, já que os frequentadores não contam com a orientação de um professor.
Pesquisa – A pesquisa Vigitel mostra que, à medida que a idade avança, as pessoas se exercitam menos. No grupo pesquisado entre 18 e 24 anos, 47,6% fazem atividade física no tempo livre. O percentual se reduz gradativamente e, a partir dos 65 anos, é apenas 23,6%. Dos pesquisados acima de 18 anos, o estudo mostra que as mulheres são as que menos se exercitam no tempo livre. Enquanto 41,5% dos homens fazem atividade física no tempo livre, o percentual é 26,5% das mulheres.

Nenhum comentário:

Postar um comentário